INFECÇÃO MORTAL
Liga da Justiça: O Vírus Amazo
Argumento - Geoff Johns
Desenhos – Jason Fabok
Quinta, 16 de Novembro, Por + 10,90 €
A colecção dedicada à Liga da Justiça prossegue com o regresso da fase de Geoff Johns que serve de inspiração à estreia cinematográfica da Liga da Justiça, num filme dirigido por Zack Snyder, com a colaboração de Joss Whedon, que chega às salas de cinema portuguesas no mesmo preciso dia em que este livro chega aos quiosques nacionais.
Director Criativo- Chefe da DC desde 2010, escritor para televisão e proprietário de uma loja de comics, Geoff Johns começou a sua carreira como assistente de Richard Donner, o realizador do primeiro filme do Super-Homem, com Christopher Reeves. Este escritor nascido em Detroit em 1973 é um dos mais populares argumentistas da actualidade, muito por via do seu trabalho para a DC, cujas últimas grandes sagas escreveu e desde 2016, co-responsável da DC Extended Universe e administrador da DC Films, responsável pela coordenação das adaptações dos heróis da DC ao cinema.
O trabalho de Johns na Linha Novos 52, e em especial na série da Liga da Justiça, tem estado em destaque nas anteriores colecções que o Público e a Levoir têm dedicado à editora de Batman e Super-Homem. Assim, depois da colecção Super-Heróis DC, ter aberto com o volume Origem, em que o escritor reinventa a origem da Liga da Justiça para o século XXI, ao lado do desenhador Jim Lee, e da colecção No Coração das Trevas DC ter encerrado com os dois volumes da saga Mal Eterno, em que Johns colabora com David Finch, a publicação da etapa incontornável de Geoff Johns prossegue com este Vírus Amazo, bem revelador da capacidade de Geoff Johns de conciliar tradição e modernidade.
Com efeito, na base desta história, está um inimigo clássico da Liga da Justiça, Amazo, um andróide criado pelo Professor Anthony Ivo, capaz de replicar os poderes dos diferentes membros da Liga da Justiça, que apareceu pela primeira vez em Junho de 1960, no nº 30 da revista The Brave and the Bold, numa história assinada por Gardner Fox e Murphy Anderson, tornando-se uma presença recorrente, como um dos mais poderosos adversários da Liga.
São precisamente as experiências do Professor Anthony Ivo, que vão servir de fonte de inspiração para um vírus sintético criado por Lex Luthor, com o objectivo de suprimir os poderes dos criminosos meta-humanos. Embora o vírus nunca tenha sido produzido em série, pois a Casa Branca achou a ideia demasiado arriscada e controversa, Luthor chegou a usá-lo para infectar o Super-Homem, para acabar por descobrir que o vírus não tinha qualquer efeito no organismo kryptoniano. E assim, o vírus Amazo foi arquivado, no meio de outros inventos sem grande utilidade, nos laboratórios da LexCorp, onde permaneceu até ser acidentalmente libertado por Neutrão, um assassino superpoderoso, contratado para matar Luthor. Ao entrar em contacto com o corpo humano, o vírus sofreu uma mutação, passando a ser transmitido por via aérea, como o vírus da gripe e dando super-poderes aos infectados, que morrem inevitavelmente ao fim de 24 horas.
Com a Liga da Justiça toda infectada, com excepção do Super-Homem e da Mulher-Maravilha, que não são humanos, os heróis sobreviventes vão ter de se aliar a Lex Luthor para descobrir o paciente zero e assim encontrar uma cura para a epidemia.
Johns, que sabe escolher como ninguém os desenhadores com quem trabalha, conta desta vez com Jason Fabok, um jovem desenhador canadiano, que começou como assistente de David Finch, mas que aqui revela estar perfeitamente à altura do seu mestre, contribuindo com o seu traço dinâmico para fazer de O Vírus Amazo, uma história verdadeiramente espectacular.
Publicado originalmente no jornal Público de 11/11/2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Liga da Justiça 2 - O Vírus Amazo
Etiquetas:
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