terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Peanuts e os Smiths: uma mistura perfeita!


Há ideias assim! Tão simples quanto geniais. Lauren LoPrete, uma designer gráfica de Oakland, depois de ver um poster dos Smiths de 1986, onde aparecia Charlie Brown, o famoso miúdo criado por Charles Schulz para a série Peanuts, decidiu pegar em tiras dos Peanuts e substituir os diálogos de Schulz por pedaços de letras de Morrisey para as canções dos Smiths. E o resultado é surpreendentemente eficaz, pois a mistura dos universos, marcados pela mesma malaise existencial, resulta perfeitamente, convencendo até o próprio Morrisey, que foi o primeiro a vir defender Lauren, quando os advogados de Johnny Marr (Morrisey e Marr dividem os direitos sobre as canções dos Smiths) a intimaram a fechar o seu Tumblr, por violação dos direitos de autor.

O site de Laurem chama-se This Charming Charlie e pode ser visto aqui.
Eu aqui no blog, deixo-vos com um punhado de exemplos de como as letras de Morrisey encaixam que nem uma luva nos pequenos dramas de Charlie Brown, Snoopy, Lucy e Linus, os pequenos (anti) heróis criados por Charles Schultz, naquela que é (Bill Waterson e o seu Calvin que me desculpem) a melhor tira cómica de sempre.
NOTA - Este post é dedicado à memória da Patrícia, grande fã dos Smiths que está finalmente em paz.    



quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

FELIZ NATAL!

Como os clássicos nunca passam de moda, este ano escolhi para o habitual post natalício, este pormenor da página dominical de 17 de Dezembro de 1907 do Little Nemo, do grande Winsor McKay. 
Para todos os visitantes deste blog, aqui ficam os meus votos de um Feliz Natal, de preferência com muita BD no sapatinho, e de um excelente Ano de 2015!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

DC Comics recria cartazes de filmes famosos nas capas das suas revistas


Embora as revistas só cheguem às lojas de BD em Março de 2015, já circulam na Net as capas alternativas das principais revistas da DC, que recriam com os heróis da casa, como o Batman ou o Superman, alguns dos mais icónicos cartazes de cinema das últimas décadas. Cartazes de filmes como Matrix, Bullit, Forbiden Planet,  Enter the Dragon, 300 e muitos outros imediatamente reconhecíveis. Ao todo, são 22 capas alternativas, assinada por grandes nomes dos comics e da ilustração, como Gene Ha, Joe Quiñones e, sobretudo Dave Johnson e Bill Sienkiewicz, que, não por acaso assinam as minhas capas favoritas.
Mas como uma imagem vale mais do que mil palavras, deixo-vos aqui um bom punhado delas, com as recriações dos ilustradores escolhidos pela DC, lado a lado com os cartazes originais que lhes serviram de inspiração. Depois digam-me qual foi a de que mais gostaram.



                      Bill Sienkiewicz desenha a Mulher Maravilha numa homenagem ao filme 300




Dave Johnson substitui Steve McQueen pela Catwoman













terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Um punhado de Imagens da Comic Con Portugal 2014


Terminada a Comic Con é altura de fazer um balanço. E, na minha perspectiva foi um sucesso! Tanto como livreiro e como fã, superou as minhas expectativas e também as da organização, que em entrevistas dadas antes do evento apontava os 20 mil visitantes com o o número a atingir (ultrapassaram os 30 mil). Em termos comerciais, correu muito bem para a Dr. Kartoon e só não correu melhor porque houve vários títulos que esgotaram  e não tínhamos mais para vender e também porque mesmo ao nosso lado estava o stand da FNAC, que trouxe vários títulos que nós também trouxemos.
Claro que há muita coisa a melhorar e o tremendo afluxo de visitantes no sábado trouxe problemas que a organização teve dificuldade em resolver.
Não sei se não teria sido melhor concentrar a Comic Con em metade da Exponor, pois se a zona comercial estava muito bem composta em termos de ocupação, havia outras zonas que pareciam demasiado desertas, para além das longas distâncias que era preciso percorrer dentro da Exponor. A zona infantil, por exemplo, estava afastada de tudo e eu só no domingo é que me apercebi da sua existência.
Também as acessibilidades em termos de transportes precisam de ser afinadas, com uma articulação com a CP e os STCP, de modo a haver mais autocarros e até comboios especiais com autocarros directos, como há para alguns Festivais de Verão.
De resto, a   parte das exposições resumia-se a uma interessante ExpoSyfy, organizada pelo canal SyFy, que tinha material original bastante interessante e uma exposição de BD, sem originais, colocada num local de passagem, mas sem grande destaque. Também num local de passagem, mas estrategicamente melhor colocado, estava um dos espaços de que mais gostei no Festival: a Artists Alley, onde era possível contactar directamente com os autores (o Lisbon Studio estava lá em peso)  e comprar-lhes directamente livros, prints e até originais.

Tal como na Comic Con de San Diego (a única onde estive) o peso  da BD é abafado pelo destaque dado aos filmes e às séries, mas a verdade é que muito do público que foi a Comic Con para ver os seus autores favoritos, acabou por comprar livros de BD nos diversos stands presentes. Destaque para o cosplay, com imensa gente mascarada e com disfarces muito bem conseguidos, que não se limitavam às personagens de anime. Havia supe-rheróis, personagens de TV, zombies,  um batalhão de Storm Troopers, que todos os dias às seis da tarpe, realizava um Imperial March, com Darth Vader e Princesa Leia, um sósia do Sheldon da Teoria do Big Bang e até um Obelix.
A aposta no mercado espanhol também se revelou certeira, pois havia imensos espanhóis na Comic Con que ajudaram em muito aos impressionantes números de visitantes. E a esse nível ibérico foi interessante verificar o reatar de pontes entre o Porto e a Galiza, que o saudoso Salão do Porto tão bem cultivou, com Melo Melowsky, um dos responsáveis do Salão da Coruña e proprietário da Livraria Banda Deseñada, em Vigo, a dar um apoio decisivo na organização da parte da BD.
Com tanta gente e filas para tudo, nem sequer pensei em ver os artistas de televisão e mesmo autógrafos de BD, fiquei-me pelo de Miguelanxo Prado e apenas porque lhe entreguei o livro e ele trouxe-mo no dia seguinte autografado, não tendo precisado de ficar em filas.
Tanto como livreiro, mas sobretudo como fã, valeu a pena ter estado na Comic Con e para o ano conto lá estar outra vez. Um evento destes fazia falta a Portugal, pois como o desenhador Jorge Coelho sintetizou de forma lapidar, a partir de agora "temos um Festival "Indy" em Beja, um Festival "europeu" na Amadora e uma Comic Con no Porto".



                                                   A animação no stand da Kingpin
             Filipe Melo e Juan Cavia numa sessão de autógrafos no stand da Dr. Kartoon
                      Sara, a simpática "menina do IPad, que nos fez companhia no Stand









quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Universo Marvel 20 - Vingadores vs X-Men Vol. 2: E então restou Um


No dia em que começa a sair com o jornal Público a nova colecção de Banda Desenhada dedicada à série XIII, de Jean Van Hamme e William Vance e é anunciada pela Levoir uma colecção de 10 volumes comemorativa dos 75 Anos do Batman, a iniciar em Janeiro, pareceu-me mais do que altura de recuperar o último texto de divulgação da colecção Universo Marvel que escrevi para o Público. Como a colecção do Batman vai ser distribuída com o jornal Sol, não contará com textos de apoio no jornal, mas não faltarão os editoriais assinados por mim, que aqui publicarei.
Antes disso e passada a Comic Con, onde estarei com a Dr Kartoon, espero começar a pôr as críticas de livros em dia, em textos escritos expressamente para este blog, que nos últimos tempos tem servido quase só para recuperar textos feitos originalmente para outros locais. 


O COMBATE FINAL ENTRE VINGADORES E X-MEN  FECHA A COLECÇÃO UNIVERSO MARVEL

UNIVERSO MARVEL VOL 20
Vingadores Vs X-Men  Vol 2 – O Dia da Fénix
Argumento – Brian Michael Bendis, Jason Aaron, Ed Brubaker, Jonathan Hickman e Matt Fraction
Desenhos – John Romita Jr., Olivier Copiel e Andy Kubert

É já na próxima quinta-feira que chega ao fim esta fascinante viagem de vinte semanas pelo Universo Marvel, com o confronto final entre os maiores grupos de heróis da Casa das Ideias: os Vingadores e os X-Men.
Divididos sobre a destino a dar a Hope Summers, a primeira mutante a nascer após os acontecimentos dramáticos de Dinastia de M, que hospeda em si o poder destruidor da Força Fénix, capaz de reduzir a cinzas mundos inteiros, os maiores heróis do Universo Marvel vão degladiar-se numa luta sem quartel, que não deixará nada como antes.
Com Scott Summers, o ciclope, a deixar-se dominar pelo seu lado mais sombrio da força, o combate vai escalar em violência e espectacularidade e mais heróis e vilões se juntam à contenda. E se no final, a Terra acaba por conseguir resistir ao poder destruidor da Força Fénix, que já tinha destruído Jean Grey na mais mítica das aventuras dos X-Men, A Saga da Fenix Negra, já publicada numa anterior colecção, também desta vez nem todos os heróis sobreviverão e um dos mais importantes personagens do Universo Marvel vai tombar às mãos de um herói que ajudou a formar.
Um final épico, à altura de uma colecção feita de grandes sagas e que neste capítulo final reúne numa mesma história cinco dos maiores argumentistas da actualidade, como o são Brian Michael Bendis, Jason Aaron, Ed Brubaker, Jonathan Hickman e Matt Fraction, colaborando de forma harmoniosa numa história inesquecível, que fecha com chave de ouro um importante capítulo da história do Universo Marvel e abre as portas para a nova fase, conhecida por Marvel Now!
Texto publicado originalmente no jornal Público de 14/11/2014

E assim me despeço (por agora) do Universo Marvel, mas o regresso dos (super)heróis começa já em Janeiro com o Batman, numa colecção a não perder!