quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Um punhado de imagens de Angoulême 2017 - Parte 1: de Hermann a Will Eisner

Depois de alguns tempos parado, este blog volta a dar sinais de vida, com a reportagem da minha ida ao Festival de Angoulême, que decorreu no final do mês passado.
Festival que nesta 44ª edição homenageou Hermann, o desenhador de Bernard Prince e Comanche e criador daS Torres de Bois-Maury e viu regressar a editora Dupuis, que há vários anos que não estava presente no Festival, mas que depois da experiência deste ano, já prometeu regressar em 2018, ano em que o autor em destaque será Cosey, o vencedor do Grande Prémio de 2017 que tem vários livros publicados na Dupuis.
A exposição de Hermann, com mais de uma centena de originais, faz jus ao excelente trabalho gráfico do veterano desenhador belga e foi acompanhada por um excelente catálogo, que esteve à venda apenas durante o Festival.
Outro destaque, natural no ano em que chega ao cinema pela mão de Luc Besson, foi para a série Valerian, de Christin e Meziéres, com uma exposição num novo espaço da cidade, a Mediatheque Alpha, situada perto da estação de comboios de Angoulême, onde foi inaugurado um obelisco de homenagem a Renée Goscinny. Para além da parte dedicada à BD, onde era referida a influência que Valerian teve na Guerra das Estrelas de George Lucas, a exposição de Valerian continha também muita coisa relacionada com o filme de Luc Besson, desde maquetes, figurinos e desenhos de produção, para além da exibição de um making off do filme feito especialmente para Angoulême, mas disso não tenho imagens pois era rigorosamente proibido tirar fotografias dessa parte da exposição e os seguranças asseguravam que essas instruções eram rigorosamente cumpridas...



                         

                       Pormenores da exposição Hermann, Le Naturaliste de la BD




Mas, para mim, a melhor exposição deste ano, foi a dedicada ao centenário do nascimento de Will Eisner, o criador do Spirit e "pai" da novela gráfica. Uma espectacular mostra que o Festival da Amadora pretende trazer a Portugal durante o Festival deste ano, aproveitando a presença na Europa de tantos originais de Eisner, quase todos provenientes   de colecções particulares.

Uma mostra que recupera as cenografias cuidadas que fizeram a fama de Angoulême (a concepção é do atelier de Marc Antoine Mathieu, que é também um excelente autor de BD), aliada a uma espantosa selecção de material de grande qualidade, desde originais, com várias história completas do Spirit em exposição, até material de época, como os jornais ou as revistas do exército com que Eisner colaborou.





             Pormenores da exposição dedicada a Will Eisner


Para terminar este primeiro post sobre o Festival de Angoulême, deixo-vos com uma imagem da zona da estação, onde é possível ver o obelisco dedicado a Goscinny, o criador de Astérix, a estátua de Lucien, personagem de Frank Margerin, deitado por cima do edifício da estação e,  em segundo plano, por trás do Obelisco, o renovado  edifício dos Arquivos Municipais, que agora está revestido com uma estrutura metálica que reproduz em formato gigante um desenho de François Schuiten.

CONTINUA...

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