LIGA DA JUSTIÇA
A Liga da Justiça surgiu pela primeira vez em 1960, nas páginas da revista The Brave and the Bold, funcionando como sucessora da Sociedade da Justiça da América, criada nos anos 40 por Gardner Fox e pelo editor Sheldon Mayer, como montra para os super-heróis menos conhecidos da editora. O próprio Fox foi encarregue pelo editor Julius Schwartz de criar esta nova versão da Sociedade da Justiça, que mudou o nome para Liga, aproveitando o sucesso da recém-criada Liga Nacional de Baseball e, que ao contrário da sua antecessora, contava com os principais heróis como o Batman, ou Super-Homem. O sucesso da Liga foi um elemento fundamental no relançar das histórias de super-heróis durante os anos 60.
Embora a sua formação vá sofrendo alterações, com a entrada e saída de alguns membros, os maiores heróis da DC estão sempre na Liga de Justiça.
BATMAN
Quando os seus pais são assassinados à sua frente, o jovem Bruce Wayne decide dedicar a sua vida a combater o crime, usando a sua herança para concretizar esse objectivo. Mas cedo concluirá que precisa de algo mais para instilar o medo no coração dos criminosos. Precisa de um disfarce e de um símbolo e o morcego vai servir-lhe de inspiração.
Criado por Bob Kane e Bill Finger em 1939, o Batman é um herói sombrio, próximo da tradição policial dos heróis da literatura Pulp, como o Shadow, sem qualquer poder especial para além de um treino rigoroso, uma vontade indómita e um arsenal de equipamento sofisticado. Mas essa ausência de poderes nunca o impediu de se tornar o mais carismático de todos os super-heróis, não só nos comics mas também no cinema.
SUPER-HOMEM
Perante a destruição iminente do Planeta Krypton, o cientista Jor-El decide tentar salvar o seu filho ainda bebé, lançando-o para o espaço numa nave espacial. Essa nave vai aterrar na Terra, no estado norte-americano do Kansas, onde a criança é recolhida por Jonathan e Martha Kent, um casal de agricultores, que o vão criar como seu filho, dando-lhe o nome de Clark e incutindo-lhe os valores tradicionais da América. As características diferentes do nosso sol em comparação com o que banhava o planeta Krypton, deram ao jovem Clark poderes quase ilimitados. Super-poderes de invulnerabilidade, visão de calor e de raios-X, força e velocidade, que lhe permitem voar e que, como Super-Homem, vai usar para combater o crime e ajudar a humanidade.
JOKER
Numa coleção com os principais heróis da DC, também há lugar para vilões. Com o seu cabelo verde, pele branca e eterno sorriso, o Joker é o maior vilão do Universo DC.
Criado por Bob Kane, Jerry Robinson e Bill Finger em 1940, o Joker foi o antagonista do Batman logo na primeira aventura na sua própria revista e cedo ganhou uma tremenda popularidade, como o mais carismático de todos os vilões que povoam a vasta galeria de inimigos do Batman. Um louco perigoso, com um sentido de humor tão peculiar como mortal, que vem rasgar com as cores berrantes da loucura o universo sombrio do Cavaleiro das Trevas, a sua ligação ao Batman é um dos grandes elementos da dinâmica da série.
ARQUEIRO VERDE
Ao naufragar numa ilha deserta, o milionário Oliver Queen aprende a usar um arco, para poder caçar e se alimentar. Ao regressar à civilização, a destreza conseguida com esta arma, vai permitir-lhe combater o crime como o Arqueiro Verde. Criado em 1941 por Mort Weisinger e George Papp, o Arqueiro Verde inicialmente era uma espécie de cruzamento entre o Batman e Robin Hood, pois Oliver Queen, tal como Bruce Wayne, também era milionário, combatia o crime sob uma identidade secreta e tinha um jovem ajudante, Speedy.
O personagem adquiriria uma nova imagem e uma voz própria nos anos 70, através de Denny O’Neil e Neal Adams, numa série de histórias clássicas que podemos acompanhar nesta coleção, tal como a reformulação efectuada por Mike Grell nos anos 80, com a história Os Caçadores.
LANTERNA VERDE
Ao descobrir nos destroços de uma nave espacial, um extraterrestre moribundo, o piloto de testes Hal Jordan percebe que foi escolhido para substituir Abin-Sur, esse extra-terrrestre, como membro da Tropa dos Lanternas Verdes, uma espécie de polícia intergaláctica que zela pela paz no espaço sideral, tendo como única arma um anel que permite materializar através de energia tudo o que o seu portador imaginar.
Criado por John Broome e Gil Kane, em 1959, por indicação do editor Julius Schwartz, Hal Jordan não foi o primeiro e muito menos o único personagem a usar o anel, mas é de longe o mais popular dos Lanternas Verdes e o protagonista das histórias que pudemos ler nesta coleção.
FLASH
Tal como o Lanterna Verde, o Flash foi outro dos super-heróis criado nos anos 40 que foi reformulado na década de 60, ganhando uma nova origem e uma outra identidade secreta. A Jay Garrick, o Flash original criado por Gardner Fox e Harry Lampert em 1940, sucedeu em 1956, Barry Allen, um cientista que ganhou super-velocidade ao ser atingido por um raio enquanto manipulava produtos químicos no laboratório da polícia. O mais popular de todos os Flash, Barry Allen, criado por Bob Kanigher e Carmine Infantino, está em destaque nesta coleção, onde podemos acompanhar a sua morte em Crise das Terras Infinitas e o seu regresso, vinte anos depois, em Flash: Renascer.
MULHER-MARAVILHA
Filha de Hipólita, a Rainha das Amazonas, a Princesa Diana abandona a ilha Paraíso onde a sua tribo vive, para acompanhar Steve Trevor, um piloto americano cujo avião se despenhou na ilha, de volta ao “mundo dos homens” e combater a seu lado contra a ameaça nazi. Terminada a guerra, Diana continua na América e torna-se membro da Sociedade da Justiça da América, tornando-se como o Super-Homem, uma filha adoptiva da América, cujas cores estão presentes no seu uniforme.
Principal heroína do universo DC, a Mulher-Maravilha foi criada em 1940 pelo psiquiatra William Moulton Marston, inventor do poligrafo e pioneiro dos estudos feministas, como exemplo de um novo tipo de super-herói, capaz de triunfar não através da força, mas do amor.
BATWOMAN
Criada por Bob Kane, Sheldon Moldoff e Edmond Hamilton em 1956, numa tentativa de criar uma família de personagens à volta do Batman, como o Super-Homem já tinha, Batwoman é Kathy Kane, uma rica herdeira que, inspirada pelo exemplo do Batman, decide combater o crime como uma super-heroína. Uma heroína com uma vida bastante curta, pois o editor Julius Schwartz, ao reformular as revistas do Batman decide acabar com a personagem em 1964, por a considerar redundante face à existência da Batgirl.
Mas a Batwoman regressaria em 2006, como a primeira personagem lésbica importante do Universo DC. É essa nova fase, magnificamente ilustrada por J. H. Williams, que podemos acompanhar nesta colecção.
SUPERGIRL
Ao contrário do que o próprio pensava, o Super-Homem não foi o único kryptoniano a escapar à destruição do seu planeta natal. Também a sua prima, Kara Zor-El foi enviada para a Terra, onde adquiriu super-poderes semelhante ao do primo, cujo exemplo vai seguir, assumindo também ela uma carreira de super-heroína, como Supergirl.
Criada por Otto Binder e Al Plastino em 1959, a Supergirl vai ser uma das vítimas da Crise nas Terras Infinitas, onde é morta. Mas, como nas histórias de super-heróis a morte nem sempre é definitiva, acabará por regressar em 2004, pelas mãos de Jeph Loeb e Michael Turner, na história A Rapariga de Krypton, que encerra esta colecção.
SETE AUTORES EM DESTAQUE
Das largas dezenas de autores que participam nos vinte volumes desta colecção, o nosso destaque vai para um grupo de sete magníficos, que na realidade são oito (tal como os Três Mosqueteiros eram quatro…). Quatro desenhadores e quatro argumentistas, com a particularidade da dupla Denny O’Neil e Neal Adams, que formam equipa em dois dos volumes desta coleção, serem aqui tratados como um só.
GRANT MORRISON
Nascido na Escócia, Grant Morrison fez parte da célebre "invasão britânica" dos comics americanos, que levou inúmeros argumentistas da Grã-Bretanha a atravessar o Atlântico e a estabelecer-se nos EUA, onde vieram revolucionar o género. Os seus trabalhos com um toque surreal e pós-moderno, nas séries Animal Man e Doom Patrol, para a Vertigo, tornaram-no conhecido, mas a fama chegaria com a novela gráfica do Batman, Arkham Asylum, magistralmente ilustrada por Dave McKean.
Desde então Morrison tem sido responsável por algumas das mais importantes histórias protagonizadas por Batman, Super-Homem e a Liga da Justiça. Nesta coleção podemos apreciar o seu trabalho com a Liga da Justiça, em Terra 2, volume inaugural desta coleção, e com Batman, em Herança Maldita, o 2º volume.
JIM LEE
Verdadeira estrela dos comics e um dos directores criativos da DC, Lee estreou-se como desenhador na Marvel em 1987, com as histórias do Justiceiro que publicámos na 1ª série da Coleccção Heróis Marvel. Depois do grande sucesso como desenhador da nova série dos X-Men, Lee juntamente com outros desenhadores deixou a Marvel para fundar a Image, publicando as suas histórias através do Estúdio Wildstorm. Quando a DC comprou a Wildstorm em 1998, Lee teve finalmente a oportunidade de desenhar os maiores heróis da DC, como o Super-Homem, Batman e Liga da Justiça. Nesta coleção podemos vê-lo a desenhar o Super-Homem, numa história em 2 volumes, em que conta com a colaboração habitual de Scott Williams na arte final e as cores de Alex Sinclair.
BRIAN AZZARELLO
Argumentista de BD desde meados dos anos 90, Azzarello é conhecido principalmente pela sua parceria com Eduardo Risso na premiada série 100 Bullets, editada pela Vertigo, onde foi também publicada a sua etapa na série Hellblazer, em que colaborou com Richard Corben e com Marcelo Frusin.
Embora o seu trabalho esteja mais associado ao “policial negro” do que aos super-heróis, Azzarello colaborou com Jim Lee na revista Superman, numa mediática história em 12 números que publicamos nos volumes 3 e 4 desta coleção e, entre outras incursões pelo universo do Batman, escreveu também a novela gráfica Joker, ilustrada pelo traço único de Lee Bermejo, que publicamos no volume dedicado ao maior inimigo do Batman.
DENNY O’NEIL E NEAL ADAMS
Editor e argumentista na Marvel e na DC durante mais de três décadas, o escritor Denny O’Neil foi responsável, durante a década de 70 por memoráveis colaborações com o desenhador Neal Adams nas séries Batman e Lanterna Verde/Arqueiro Verde, em histórias adultas, desenhadas com grande realismo que redefiniram a imagem dos heróis e que abriram caminho para a revolução realizada na década seguinte, por autores como Frank Miller e Alan Moore. São essas histórias, verdadeiros clássicos incontornáveis, que vamos acompanhar nos volumes 9 e 10 desta coleção.
Se O’Neil já está reformado, Adams que se estreou na BD em 1960, na Archie Comics, mantém-se activo ainda hoje, alternando a Banda Desenhada com a publicidade e continuando a desenhar páginas espectaculares.
GEOFF JOHNS
Director Criativo da DC, escritor para televisão e proprietário de uma loja de comics, Geoff Johns começou a sua carreira como assistente de Richard Donner, o realizador do primeiro filme do Super-Homem, com Christopher Reeve. Este escritor nascido em Detroit em 1973 é um dos mais populares argumentistas da actualidade, muito por via do seu trabalho para a DC, cujas últimas grandes sagas escreveu. Tendo escrito a maioria dos heróis da DC, com destaque para o seu trabalho incontornável com o Lanterna Verde, personagem pela qual foi responsável durante nove anos, Johns é, naturalmente, o escritor mais presente nesta coleção, onde assegura o argumento dos volumes dedicados ao Flash, Lanterna Verde e Super-Homem e a Legião dos Super-Heróis.
GEORGE PEREZ
Nascido em Nova Iorque em 1954, George Perez estreou-se na BD em 1973, como assistente do desenhador Rick Buckler, mas um ano depois já trabalhava regularmente para a Marvel. Apesar de ter trabalhado em séries como os Avengers e Fantastic Four, da Marvel, os trabalhos mais importantes da sua carreira foram publicados na DC, onde teve passagens memoráveis por séries como Teen Titans e Mulher-Maravilha, destacando-se pela extraordinária elegância e detalhe do seu traço. Nesta colecção podemos apreciar o seu trabalho nos dois volumes da saga cósmica Crise das Terras Infinitas, que revolucionou profundamente o universo da DC e no volume dedicado à Mulher-Maravilha.
J. H. WILLIAMS III
Tendo-se estreado na BD como desenhador da série Deathwish, da Milestone, em 1994 J. H. Williams III assinou o seu primeiro trabalho para a DC com a série Chase, em 1997, mas foi a sua memorável colaboração com Alan Moore nos 32 números da série Promethea, onde surpreendeu com as suas planificações complexas e páginas notáveis de beleza, reveladoras de um estilo camaleónico, capaz de citar as mais díspares referências artísticas, que o tornou uma verdadeira estrela dos comics.
Nesta coleção, vamos poder apreciar a sua colaboração com o escritor Greg Rucka na recuperação da Batwoman, numa história espectacularmente desenhada e planificada, que lhe valeu os principais galardões artísticos da indústria
2 comentários:
Olá João!
Excelente colecção que marca o regresso em grande da LEVOIR aos comics!! Já tardava e é bom ver que não fui o unico a ansiar por este regresso à dupla Marvel/DC.
Fica desde já e antes de mais o OBRIGADO e (como bom fanboy) o pedido para proxima série:
descentrem da dupla batman/superman, a Dc tem tanta coisa boa! Sugiro:
- Justice League International
- Shazam (por exemplo o excelente Monster Society of Evil)
- justice society of america (os mais recentes com os herois clássicos: The Next Age, The Lightning Saga, Thy Kingdom Come - Part One, two and 3, Black Adam and Isis,...)
- The Great Darkness Saga (centrada no Darkseid)
- JSA: Return of Hawkman
- jsa: Black Reign
- e algum Aquaman!!! grande falha não haver nada dele, deixo o EXCELENTE trabalho de casa já realizado pela comic book resources: http://goodcomics.comicbookresources.com/2011/11/27/the-greatest-aquaman-stories-ever-told/
Não quero com isto desvalorizar a boa selecção desta colecção que comprarei avidamente! :) Só, como aficionado, penso que não podem ficar por aqui! Muitos livros tenho já em inglês e comprarei nesta edição pois acho excelente o que etsão a fazer pelos comics por cá!
Numa nota diferente e segundo um conceito mais "rentável", talvez fosse boa ideia voltar a apanhar o comboio da marvel para final deste ano/inciio de 2014, e aí peço POR FAVOR que não se esqueçam de um livro com os clássicos "Deadpool & Cable" para apimentar este filminho que aí vem:
http://www.craveonline.com/comics/interviews/538499-mark-millar-on-x-force-movie-its-wise-to-go-back-to-the-beginning
um abraço e obrigado !
Olá Never,
Alguns dos heróis que ficaram de fora desta 1ª colecção da DC, vão aparecer mais cedo do que pensas. Nas próximas semanas, vai haver novidades...
Abraço
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