segunda-feira, 9 de abril de 2018

As Melhores BDs que li em 2017 - Parte 2

Conforme prometido, aqui vai a segunda parte da minha lista das melhores BDs que li em 2017. Muitas ficaram de fora, mas tentei fazer uma lista o mais abrangente possível, incluindo BD portuguesa, americana, franco-belga, italiana, japonesa e novelas gráficas, embora por pouco, esta lista não teve ainda mais um título japonês, pois Le Club des Divorcés, de Kazuo Kamimura teria certamente entrado na lista, caso o tivesse conseguido terminar de ler ainda em 2017.  
6 - Grandville: Force Majeure, de Bryan Talbot, Jonathan Cape
As aventuras do Inspector Lebrock, o texugo steampunk criado por Bryan Talbot, chegam ao fim. Esta série, de que tive oportunidade de falar aqui, durou cinco volumes e terminou em beleza com este Force Majeure, mais um belo exemplo da forma brilhante como Talbot misturou as mais diversas referências nesta série policial com animais antropomorfizados em ambiente steampunk.
7 - Histórias do Bairro, de Gabi Beltran e Bartolomeu Segui, Levoir
Este era um dos poucos títulos da última colecção de Novelas Gráficas que eu não conhecia previamente e foi uma excelente surpresa. Relato autobiográfico tocante de uma adolescência passada na marginalidade, Histórias do Bairro é mais um exemplo da grande vitalidade da Novela Gráfica espanhola.
8 - Natures Mortes, Zidrou e Oriol, Dargaud
Zidrou é um dos daquelres autores que podia perfeitamente entrar nesta lista por mais do que um título. desde a excelente série Les Beaux Etés, ou o tocante Lydie, ambos ilustrados por Jordi Lafebre, mas a minha escolha acabou por cair neste Natures Mortes, face ao trabalho gráfico superlativo de Oriol. Biografia de um obscuro pintor catalão, Natures Mortes é uma bela homenagem ao poder da Arte, escrita por um dos mais estimulantes argumentistas de língua francesa das últimas décadas.
9 - Northlanders, de Brian Wood e vários desenhadores, Vertigo
Tal como Tom King e Zidrou, Brian Wood é outro dos autores que podiam perfeitamente estar nesta lista por outro título. A sua série Briggs Land, de que li em 2017 a segunda mini-série, é um bom exemplo da qualidade do seu trabalho, mas este Northlanders tem um sopro épico que pesou na escolha, para além da maior qualidade da parte gráfica, a começar nas magníficas capas de Massimo Carnevale.
10 - Olimpo Tropical, de André Diniz e Laudo Ferreira, Polvo
Se havia dúvidas de que André Diniz é um dos melhores argumentistas brasileiros da actualidade, este Olimpo Tropical vem dissipá-las. Obra menos ambiciosa do que o verdadeiro tour de force narrativo que é O Idiota, Olimpo Tropical assinala o regresso de Diniz ao cenário das favelas do Rio de Janeiro, desta vez numa abordagem mais simbólica do que a de Morro da Favela, muito bem servida pela grande expressividade do traço caricatural de Laudo Ferreira.Só é pena que a capa da Polvo seja bastante inferior à da edição brasileira...

Sem comentários: