domingo, 11 de outubro de 2015

Frank Miller regressa a Batman com Dark Knight III: The Master Race


Quando se aproxima o 30º aniversário da publicação de The Dark Knight Returns, a seminal obra de Frank Miller, recentemente reeditada em Portugal pela Levoir, nos Estados Unidos, a DC Comics prepara-se para lançar no final do ano, Dark Knight III: The Master Race, uma continuação que pretende ser o capítulo final da trilogia iniciada com The Dark Knight Returns em 1986, e prosseguida com o controverso The Dark Knight Strykes Again, de 2001.
Depois da publicação na Net de uma dezena, entre as mais de 30 capas alternativas, assinadas pelos maiores nomes dos comics, específicas para diferentes livrarias, incluindo a capa feita por Frank Miller que abre este post, a New York Comic Con, que decorreu este fim-de-semana, serviu para a DC divulgar mais informação sobre este projecto, incluindo algumas páginas do primeiro volume desta mini-série de 8 números, que chega às livrarias especializadas dos EUA em finais de Novembro, em duas edições. Uma em formato comic, com um mini-comic de 16 páginas em formato mais pequeno, agrafado no interior e, duas semanas depois, uma edição para coleccionador, em formato maior, com ambas as histórias no mesmo tamanho e lombadas, que juntas formarão um desenho.
Escrito por Frank Miller e Brian Azzarello, DKIII assinala o regresso de Miller ao activo depois de alguns anos afastado devido a doença. Um cancro cujos efeitos eram bem visíveis aquando das últimas aparições públicas do autor, em 2013, para promover a estreia do segundo filme da série Sin City. 
Aparentemente, Miller conseguiu superar a doença e, embora não desenhe o capítulo final da trilogia, desenha  uma capa alternativa para cada número e as páginas interiores  do primeiro mini-comic de 16 páginas, dedicado ao Atom, que vai sair no nº 1, como encarte e cuja capa, com um Super-Homem "bem dotado" e desenhado num estilo próximo do usado no segundo Dark Knight, causou controvérsia na Net.
A tarefa de desenhar a série principal, ficou a cabo de Andy Kubert, que desenhou algumas histórias memoráveis do Batman, escritas por Grant Morrison e Neil Gaiman,publicadas em Portugal pela Levoir, e de Klaus Janson, que volta a encarregar-se da arte-final, como tinha feito no primeiro Dark Knight e passa também a tinta os desenhos a lápis de Miller na história do Atom, reatando assim uma das parcerias mais famosas dos comics americanos, primeiro na série Daredevil, e depois no TDKR original.
Com publicação mensal, a série vai sofrer um interregno de um mês ao fim de 3 números, para dar lugar em Fevereiro, mês em que se comemoram os trinta anos da série original, a uma prequela desenhada por John Romita Jr., que volta a trabalhar com Miller, depois do excelente Daredevil: Man Without Fear, que foi uma das influências maiores da fabulosa série do Demolidor da Netflix.
Resta esperar por Novembro, para perceber se o regresso de Miller ao Batman consegue estar à altura das expectativas, sobretudo depois da desilusão que foi Holy Terror, o último trabalho em BD que Miller publicou. 
A famosa frase de Nietzche que diz que "o que não nos mata, torna-nos mais forte" sempre funcionou quase como um mantra na forma como Miller tratava os seus personagens. Esperemos que o próprio criador consiga também fazer jus a essa máxima e surja, neste seu regresso à BD, revigorado e ao seu melhor nível.
Precisamente por o motivo deste post ser o regresso de Frank Miller à BD, optei por ilustrá-lo só com desenhos de Miller (duas capas e uma página da história do Atom, com arte-final de Klaus Janson), mas no interessante video da entrevista com Jim Lee e Dan Didio, que está logo abaixo, poderão ver várias capas alternativas e os desenhos a lápis de Andy Kubert para algumas das páginas do primeiro volume.

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